Novos tempos para a Revista de Direito Notarial

2018-07-11

Revista de Direito Notarial (RDN), publicação do Colégio Notarial do Brasil — Seção São Paulo, completará, em 2018, dez anos de existência, sendo reconhecida como um dos mais conceituados periódicos acadêmicos do País em matéria de notas e registros públicos.

Em comemoração a esta data, a coordenação da RDN está promo­vendo transformações profundas em sua política editorial, alinhadas com o processo de maturação da produção intelectual observada nos últimos anos nesta área de especialidade. Nesse período, inúmeros delegados de serventias extrajudiciais enveredaram pela senda da pesquisa científica em nível de mestrado e doutorado, legando ao Direito Notarial brasileiro inestimável contribuição intelectual. Merecem, por isso, dispor de um espaço ainda mais qualificado para ventilar sua produção.

A proposta, nesse sentido, é inserir a revista nos mais elevados estratos do QUALIS da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe­rior (CAPES), importante indicador do sistema nacional de pós-graduação, e medida indispensável para atrair trabalhos de mestrandos e doutorandos.

O movimento simboliza o ciclo virtuoso dos estudos notariais, res­ponsáveis por subsidiar a ampliação da atuação das serventias extrajudiciais como grandes parceiros do sistema de Justiça, celeiros de inovação e pro­tagonistas de transformações sociais sensíveis. Anuncia, ainda, um futuro alvissareiro, ao pavimentar a estrada não só para a ampliação da oferta de cursos de pós-graduação lato sensu como também para subsidiar a criação de linhas de pesquisa em programas de pós-graduação na área, voltadas à formação de mestres e doutores.

Etapa essencial deste percurso é a incorporação de novos membros ao seu prestigioso Conselho Editorial, composto por pesquisadores renoma­dos e de consagrada produção intelectual, que atuarão de forma alinhada com grandes profissionais e estudiosos do Direito Notarial brasileiro, os quais vão compor a Comissão de Notáveis. Objetiva-se, com isso, produzir novas sinergias com programas de pós-graduação em Direito do país e, principalmente, garantir ao periódico a capilaridade necessária para que o conhecimento seja difundido em todas as regiões do Brasil. Esse é o seu papel precípuo.

Em adição, contará a revista com novas linhas de pesquisa, que con-tarão com três eixos temáticos: princípios da atividade notarial, regulação da atividade notarial e direito notarial contemporâneo. Todas são amplas o suficiente para manter o espírito generoso e democrático da publicação e servirão para ordenar as novas submissões e organizar a produção da área. No futuro, a aposta é que tais linhas sejam espelhadas nos já aludidos programas de pós-graduação na área. Revisão cega por pares, indexação a bases de dados nacionais e inter-nacionais e disponibilidade do conteúdo em formato eletrônico, junto ao Serviço de Editoração Eletrônica de Revistas (SEER) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), são outras novidades dignas de registro. Representam, a um só tempo, mais rigor na seleção de trabalhos, abertura às novas tecnologias de informação e comu-nicação (TICs) e democratização do acesso. Tudo está sendo pensado para entregar a você, titular de tabelionato, profissional da área e pesquisador, o que há de melhor em termos de pesquisa científica no Brasil. E, principalmente, retribuição singela à sociedade, que tanto confia nas serventias extrajudiciais pátrias, na forma de um produto dedicado ao seu permanente aperfeiçoamento.

Dr. Andrey Guimarães Duarte